quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rio + 20 começou!!!

Rio+20 discute fundo de US$ 30 bi/ano para desenvolvimento sustentável

Ari Versiani
O G77, que reúne boa parte dos países em desenvolvimento, e a China, propuseram nesta quarta-feira aos participantes da Rio+20 a criação de um fundo de US$ 30 bilhões ao ano para financiar o desenvolvimento sustentável, informou Luiz Alberto Figueiredo Machado, secretário executivo da delegação brasileira na Rio+20.
"O grupo 77 e a China têm uma ideia para a criação de um fundo para o desenvolvimento sustentável da ordem de 30 bilhões de dólares por ano, e esta é uma proposta que tem grande respaldo dentro do grupo e faz parte da negociação em curso", disse Figueiredo, durante entrevista coletiva no primeiro dia do evento, que se estenderá até 22 de junho.
A conferência da ONU, a quarta do tipo desde 1972, discute a transição para uma economia verde e social, que leve em conta a necessidade de preservar os recursos naturais do planeta e o combate à pobreza.
O financiamento desta transição, especialmente para os países em desenvolvimento, "é uma questão importante que precisa ser resolvida", disse Figueiredo.
"Os meios de implementação têm sido cruciais em todas as conferências deste tipo", assegurou, sobretudo em um momento em que "os doadores tradicionais atravessam dificuldades econômico-financeiras e se retraem diante dos compromissos assumidos no passado", o que traz dificuldades para assumir novos aportes para o futuro.
As economias emergentes não estão dispostas a assumir a dívida dos países ricos em cooperação internacional e este será um dos temas mais difíceis de conciliar na cúpula, acrescentou Figueiredo em entrevista ao jornal Valor publicada nesta quarta-feira.
As negociações entre governos se estenderão até que se chegue a um acordo que deverá ser firmado pelos chefes de Estado e de governo que se reúnem entre 20 e 22 de junho, embora os negociadores não escondam que falta muito para um consenso.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Poesia: Ecologia


Entre montinhos de areia
e a face austera do monte
há, por construção, a ação ingênua da mão pequenina.
Há a ação gigantesca das carícias do vento
e a lapidação caprichosa das águas,
que reduzem o vale à fraqueza lateral.
A construção orgânica de si, porém,
é de crescer por grãos até monte,
e lavar os pés com as águas que nos desfiam.
É nos cobrir de verde para a diversidade de mundo.
É sentir gradientes de belezas e sensações.
É sentir também frágil às mãos covardes
e se despir à vulnerabilidade.
Se sujar, se manchar, se machucar.
Ser irreversível.
Ser pó, que se perde no vento
e desafia a incoerência das águas.
Mas capaz de reviver,
se recuperar, restaurar, se manter firme e imponente.
E se equilibrar no mais dinâmico dos movimentos
de matéria e de energia,
sob a diversidade do momento.

(por: Paulo Lima)

sábado, 31 de março de 2012

Texto: Ecologia como foco da Educação Ambiental


Partindo-se de um histórico recente de discussão sobre a problemática ambiental e a reação da população diante dos impactos socioambientais, podemos inferir, superficialmente, sobre o grau de sensibilização e conscientização das pessoas a respeito desta problemática.
Em um momento crítico de degradação da natureza e de interferência continua no equilíbrio ecológico dos sistemas naturais, a ciência ainda caminha em passos custosos em direção a um arcabouço teórico, que explique os vazios intercalados do conhecimento, enquanto, por outro lado, a população direciona medidas práticas frágeis e limitadas.
No que diz respeito à reflexão da sociedade sobre as informações de natureza ambiental, observa-se uma resposta lenta por parte das pessoas, como se a responsabilidade sobre as causas dos problemas ambientais também não fosse atribuída a elas. Neste contexto, em se tratando de questões ambientais, a utilização dos fundamentos e estudos de ecologia, como possibilidade de difusão de conceitos e dados práticos, poderá aproximar as pessoas de sua história natural de vida, mostrando, entre inúmeras visões, o homem como componente da natureza e agente influenciador e influenciado no espaço e nas relações naturais. É imprescindível, portanto, resgatar a identidade do homem com o meio natural, tendo a educação ambiental como ferramenta fundamental, utilizando-se de conceitos e conteúdos práticos da área da ecologia.
A educação ambiental, difundida nos últimos anos, tem hoje respostas positivas quanto à elaboração e divulgação de informações e quanto ao processo de sensibilização da população, incitando o indivíduo a interiorizar a problemática ambiental e a construir sua conscientização. Estas respostas, através de uma análise superficial, podem ter sua causa na metodologia transdisciplinar utilizada pelos educadores de meio ambiente, que se utilizam de vários conceitos integradores de áreas temáticas distintas, somados à praticidade das observações e dos fenômenos cotidianos. Em virtude desta alternativa de ensino, o ser humano é capaz de se situar dentro de um contexto holístico de relações mais naturais e passivas e se compreender, com maior sensibilidade, como potencial fator de transformação, seja pelo aspecto negativo de degradação, seja pela vertente positiva da conservação da natureza.
Em linhas gerais, o conhecimento ecológico deveria ser usado como uma das ferramentas mais transformadora da educação ambiental, capaz de ampliar e qualificar a visão do ser humano diante do estágio crescente de degradação das relações socioambiental e do equilíbrio ecológico.
É difundido atualmente que a educação, como demanda imediata, é uma alternativa de longo prazo, com potencial de envolver as responsabilidades sociais, individuais e coletivas em medidas de mitigação dos impactos ambientais resultados das atividades humanas. Para tanto, esta educação deve tecer metodologia que consiga envolver um público alvo complexo, variando desde crianças até pessoas com experiências consolidadas de vida, integrando a diversidade de pensamentos e posições. Paralelamente, os estudos de ecologia e a prática efetiva de conservação do meio ambiente deveriam ser ampliados sensivelmente, na medida em que as alterações na paisagem e na qualidade ambiental dos ecossistemas estão sendo comprometidos aceleradamente.
Por fim, podemos concluir que a educação é um investimento essencial para o alcance de resultados positivos, diante de um futuro naturalmente imprevisível. Enquanto as ações práticas, embasadas por informações científicas, deverão ocorrer no presente, com o objetivo de retardar, no que for possível, os problemas socioambientais do mundo contemporâneo, a educação ambiental poderá também apresentar resultados em curto prazo, mas, geralmente, com a efetivação de ações pontuais e limitadas. Uma vez que a educação é um processo, com respostas demoradas de médio e de longo prazo, devemos tê-la como uma solução de futuro e, quanto à prática efetiva e global de educação ambiental, é evidente que estamos atrasados, enquanto as perdas ambientais/ecológicas se acumulam dramaticamente.  

(por: Paulo Lima)

Greenpeace: Desmatamento Zero!!!